quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Delírios

Ultrarromantismo, vinho e orgias.
O pecado em sua forma mais terna.
Uma mulher é levada á loucura. Um jovem é
assombrado pelos mais bizarros pesadelos.
Tudo isso é mesclado perfeitamente em Delírios,
onde sonhos são destruídos e a mais
horripilante verdade a ser descoberta…
 
DELÍRIOS, de Raquel Rodrigues está a venda no site da editora Multifoco:

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Spleen de verão


Dói tanto não tê-lo por perto
Poemas foram esquecidos em sonhos despedaçados
Como um spleen de verão
 
Você é tudo que eu quero
Há momentos que acho que não vou aguentar
Eles foram tão cruéis comigo
 
Meu corpo antes encontrava-se em chamas
Chamando por seu nome
Meu corpo se contorcia á sua espera
 
Querido, eu quero que você apareça em minha vida e me transforme em mulher
Estou cansada desses meninos que não sabem foder
O seu toque é tudo que preciso sentir
Poderíamos dançar ao som de um blues suave
Enquanto você tira a minha roupa
E enxuga as minhas lágrimas
Querido se quiser aparecer sinta-se á vontade e me transforme em mulher
 
 


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Livian deitou esperando que eu fizesse algo. Então lhe dei um beijo na boca. Desci até seus seios e então passei a massagear seu sexo com a minha língua. Livian começou a gemer. Me cansei dela e me afastei. Ela disse que queria sentir o meu gosto e fez o mesmo em mim. Sua delicadeza me excitava. Agarrei seus cabelos dourados e enterrei seu rosto para dentro de mim, não querendo que aquele momento acabasse nunca.

 
- LIBERTA
 

Anoiteceu. E eles se embebedavam de uísque. Cambaleavam sorridentes pelas ruas. Voltavam para casa, escutavam Gainsbourg e fumavam cigarros. O ar da noite era quente. Tamires sentava em seu colo e adormecia.

 
 
- A língua áspera sobre a pele macia
 

O trem rugia ferozmente. Seu corpo encontrava-se eletrizante. Ela pousou os olhos nele, apertou o crucifixo com força e o arrancou.

Ele a encostou com força na parede. E a golpeava. Ela gemia, implorando para ser mais machucada e o desconhecido a penetrava com mais força, fazendo-a gritar.

 
 
- A língua áspera sobre a pele macia


terça-feira, 15 de setembro de 2015

Ele costumava me machucar. E eu me descobria, em minha inquietude, contentando-se com o prazer.
Ele fazia eu me sentir viva.
 
 
- DELÍRIOS
 
 


- há tanta dor no mundo. É tão bom saber que não faço parte disso.
- eu pisaria de pés descalços sobre cacos de vidro por voçê, Olivia.
Estamos deitados, nus, as mãos entrelaçadas, refletindo sobre os mais variados assuntos. Ele derrama o vinho sobre meu peito e o lambe. Sinto um arrepio eletrizante percorrer pelo meu corpo. Eu o amo. Intensamente.
- quando vamos partir?
- em breve.
- não se demore.
- não te preocupes, minha cara.
Toda a mágoa que em mim existia era por ele sugada. Era como se, ao lado de Jonathan, só existisse paz e serenidade.
 
 
- DELÍRIOS
 
 


Costumávamos nos beijar depois de fazer amor. Eu poderia ser fraca, por que sei que ele seria forte. Que me seguraria quando eu tropeçasse.
Eu havia levado uma vida medíocre, sem paixão ou intensidade. Até conhecê-lo. Com carinho, me lembro do cinematógrafo. Do cenário do nosso primeiro encontro.
 
 
- DELÍRIOS
 


Acordei no dia seguinte com uma sensação estranha. Uma ardência. Quando tiro a roupa para tomar banho percebo que há algo escrito em meu abdômen. Vou até o espelho e consigo ler as palavras "DESAPAREÇA DAQUI".
Toco nos ferimentos. Eles ainda me machucam.
- acho que estou ficando louco.
 
 
 
- DELÍROS
 
 


Estavam todos nus com suas máscaras. Eu e Jonathan nos despimos e fomos ao encontro de um rapaz sentado sozinho no escuro.
Jonathan pediu para que ele deitasse no chão. O rapaz indiferente obedeceu e Jonathan pediu para eu beijasse o seu sexo. Jonathan sentou sobre o rapaz. Ele gemia e cada vez mais eu me sentia excitada ao presenciar o rapaz beijando o sexo de Jonathan.
Depois Jonathan pediu para que eu sentasse de costas no rapaz. Então veio para cima de mim. Ambos me penetravam. Sentia que meu corpo estava em chamas, implorando por mais uma golpeada, enquanto Jonathan me dava bofetadas no rosto, me despertando, me fazendo gritar.
 
 
 
 
- DELÍRIOS
 
 


Há novamente essa música pulsando em minha mente. Escuto alguém tocar o piano. Levanto-me, assustado e intrigado, e ouço vozes. Abro a porta do quarto e o que vejo me confundi por completo.
Na sala de estar, há rostos desconhecidos em seus trajes de gala rindo, bebendo e conversando. Me parece uma festa. Pergunto "quem são vocês?", mas não escuto minha própria voz e para eles sou invisível.
Quem toca o piano sou eu. Me aproximo e vejo que sangro dos olhos. Minhas lágrimas são como gotas de sangue pingando e manchando o piano.
 
 
- DELÍRIOS
 
 
 


O sonho que tive também me perturbou um pouco. Eu já morava há anos nessa casa e, sem saber, havia um menino vivendo em meu armário. Poderia tê-lo salvado, mas não o fiz por desconhecer tal fato. Ele olha para mim, com a aparência de um cadáver e o corpo esquelético, diz que é tudo minha culpa e engatinha para fora do armário.
 
 
 
- DELÍRIOS
 
 
 

Estou trabalhando em uma nova composição. Uma mistura do Moonlight Sonata de Beethoven com o Raindrop de Chopin. Toquei até ás 4h da manhã até ser vencido pelo sono. Não senti vontade de tirar a roupa. Deitei-me sobre a cama ainda arrumada e adormeci rapidamente.
Há essa música tocando em minha mente. Eu sei que a conheço, mas não consigo indentificá-la.
Estou no pátio da casa, de pés descalços, caminhando sobre o gramado. Faz muito frio e há uma névoa impedindo-me de enxergar o que esta na minha frente.
Mas assim que continuo, avisto a cabeça decepada de uma mulher. Meu estômago embrulha. Seus cabelos são longos e negros, seu rosto sem vida é belo e pálido. Eu me aproximo, com medo.
 
 
- DELÍRIOS
 
 
 
 


Sentei-me no sofá e pensei sobre o sonho que tive ontem a noite. Estava eu e meu pai conversando com um casal no apartamento onde moravam. Sinalizo para o rapaz me acompanhar até o banheiro. Peço para ele deitar no chão e começo a chupar o seu pau. Ele não consegue ter uma ereção e eu, frustado, ao ver qual era o problema, vejo que ele tem o pênis de um bebê. Me afasto, horrorizado e enojado. Olho para ele, que me parece envergonhado. Cobre o pênis minúsculo com as duas mãos. Sinto gosto de mijo em minha boca.
 
 
- DELÍRIOS
 
 
 

O calor adormece meus pensamentos. Seus lábios contornam o meu corpo. Ás vezes acho que isso é loucura. O meu desejo...
Eu o segurei, olhei bem para dentro de seus olhos castanho claros e surssurrei algo. Ele exibiu um sorriso que para mim era o mais encantador. Sua boca umedeceu a minha. Eu devolvi o beijo com intensa vontade. Nossos corpos entrelaçados. Nosso amor interrompido pela mais horripilante tragédia.

 
 
 
 
- DELÍRIOS
 
 
 


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Até adormecer

Eu não sei o que o futuro guarda para mim
Mas por outro lado eu sei exatamente o que acontecerá por que acredito no meu poder
Você se apaixonou pelo blues
Venerou vermes que nem ao menos se importavam se estava respirando
Aventurou-se em noites solitárias
Quebrou as regras
 
Ás vezes acho que uma tempestade se aproxima
Mas não deixo isso me abalar
Há somente uma estrada
Viva e límpida
E eles podem serem cruéis
Mas tudo bem
Por que eu estarei rindo
E sendo exatamente quem eu quero ser
Sem fantasias
Somente vivenciando
Eu sei que ele se aproxima...
 
Sonhe até adormecer
Sonhe até se tornar realidade